quarta-feira, 12 de julho de 2017

Exorcismo de Emily Rose A História Real.


Exorcismo de Emily Rose – A Verdadeira História


Emily Rose foi em realidade uma jovem alemã chamada Anneliese Michel que desde seu nascimento em 21 de setembro de 1952, desfrutava de uma vida normal sendo educada religiosamente desde muito pequena. No entanto, sem advertência sua vida mudou de uma hora para outra quando em um dia do ano de 1968 começou a tremer e se deu conta de que não tinha controle sobre seu próprio corpo. Não conseguiu chamar a seus pais, Josef e Anna, nem a nenhuma de suas três irmãs. Um neurologista da Clínica Psiquiátrica de Wurzburg, Alemanha, a diagnosticou com o "grande mau" da epilepsia. Devido aos fortes ataques epilépticos e à depressão seguinte, Anneliese foi internada para tratamento no hospital.

Tudo começou em 1968, quando ela ainda estava no colégio e começou a sofrer de convulsões. Seu primeiro ataque epilético veio em 1969, e ela era saudável até então. Com isso, vários médicos ficaram intrigados, e um neurologista da Clínica Psiquiátrica Wurzburg a diagnosticou com um tipo de epilepsia chamada de “Grand Mal”. Até então, Anneliese era uma garota comum e religiosa.

A próxima mudança foi a presença de figuras demoníacas, que apareciam toda vez que Anneliese tentava rezar. Ela também começou a ouvir vozes, que a diziam estar amaldiçoada. Com isso, entrou em depressão e começou a pensar em suicídio. Em 1975, quando até os pais começaram a perceber a seriedade dos problemas com sua filha, ela já havia mudado de aparência drasticamente. Então deu-se início à procura de ajuda em clínicas e, finalmente, igrejas.

A descoberta
Ao mesmo tempo, uma idosa partiu uma caminhada com Anneliese. Durante a peregrinação, percebeu que ela evitou passar próxima de uma imagem de Jesus e também se negou a beber água de uma fonte da região considerada sagrada.


Fora isso, ela “cheirava como o inferno”, o que fez com a idosa a levasse até um exorcista, numa cidade próxima, e a possessão fosse pela primeira vez “confirmada”. À medida que o tempo passava, as alucinações pioravam e ela começava a ver pessoas com rostos de demônios e outros tipos de paranoias



Apesar de diagnósticos médicos terem apontado-a como esquizofrênica, a família escolheu seguir apenas com os exorcismos, realizados principalmente pelo padre Arnold Renz e o pastor Ernst Alt (respectivamente, na foto). Anneliese já estava sem conseguir comer e debilitada, e se algum tipo de cura não fosse encontrada rapidamente, ela morreria.

Os exorcistas, então, utilizaram 67 ritos ao longo de 10 meses, com uma ou duas sessões por semana, que tinham duração de até 4 horas. Apesar disso, a possuída rasgava suas roupas, urinava e bebia o próprio líquido do chão, comia moscas, aranhas, carvão e até a cabeça de um pássaro morto. Houve um episódio em que se enfiou debaixo de uma mesa e latiu como um cão por dois dias. Ela ainda ouvia vozes gritando contra as paredes por horas, o que a deixava enlouquecida.


Dentre os espíritos que a possuíram, ela mesma citou nomes como Lúcifer, Caim, Nero, Judas, Hitler e outros grandes espíritos malignos que já assombraram a humanidade. Se você tem nervos de aços, pode ouvir os áudios originais, que os padres gravaram



Oficialmente, após a morte de Anneliese, por inanição, os dois padres e os pais de Anneliese foram condenados por negligência resultante em morte, já que não impediram a filha de morrer. Para a filha, jejuar faria com que os espíritos perdessem a força. Hoje, a lápide dela fica num local que pode ser visto da casa onde morava, ainda habitada por seus pais, que provavelmente até hoje se perguntam o quê realmente aconteceu com sua filha toda vez que olham pela janela.

Os pais não receberam pena, pois já haviam sofrido a perda da filha e os padres receberam três anos em liberdade condicional.

Em 2005, os Michel deram uma entrevista e revelaram que acreditavam verdadeiramente que sua filha estava possuída por um demônio.

E que, ao morrer, ela se libertou. Com isso, ao menos, estamos todos de acordo.



Pouco tempo depois que tomaram conhecimento destes fatais eventos o filme "The Exorcist" de William Friedkin estreou nos cinemas da Alemanha, levando uma onda de histeria paranormal que infectou todo o país. Psiquiatras em toda Europa reportaram um incremento de idéias obsessivas em seus pacientes.
Os promotores do caso levaram mais de dois anos para conseguir a acusação dos exorcistas de homicídio por negligência. O "Caso Klingenberg" devia ser decidido sobre duas perguntas: O que causou a morte de Anneliese Michel e quem era o responsável?
De acordo à evidência forense, ela morreu de fome e os especialistas demandaram que se os acusados a tivessem forçado a comer uma semana antes de sua morte, Anneliese poderia ter sido salva. Uma irmã declarou que Anneliese não queria ir a uma instituição mental porque poderiam sedá-la e obrigá-la a comer. Os exorcistas trataram de provar a presença de demônios mostrando as gravações dos estranhos diálogos, quando demônios discutiam qual deles iria deixar o corpo de Anneliese primeiro. Um deles, que chamava a si mesmo de Hitler, falava com sotaque carregado (Hitler era austríaco). O fato é que nenhum dos presentes durante o exorcismo teve a mínima dúvida da autentica presença destes demônios.
Os psiquiatras, que foram chamados a testemunhar, falaram da "Doctriniarire Induction". Eles disseram que os padres tinham dado a Anneliese o conteúdo de suas condutas psicóticas aceitando sua conduta como uma forma de possessão demoníaca. Também declararam que o desenvolvimento sexual instável de Anneliese junto a sua diagnosticada epilepsia tinha influenciado a psicose

O veredicto foi considerado, por muitos, menos rigoroso do que se esperava, os pais de Anneliese assim como os exorcistas foram considerados culpados de assassinato por negligência e de omissão de primeiros socorros. Foram sentenciados a seis meses de prisão que nunca cumpriram com liberdade condicional impetrada. O veredicto incluía a opinião da corte de que os acusados ao invés de propiciar o tratamento médico que a garota precisava, decidiram por práticas supersticiosas que agravou a já crítica condição de Anneliese. Uma comissão da Conferência Episcopal Alemã depois declarou que Anneliese Michel realmente não estava possuída, no entanto, isto não impediu aos crentes a continuar com a luta de Anneliese, já que muitos criam em sua possessão e que o corpo dela não encontrou paz inclusive após a morte. Seu cadáver foi exumado onze anos e meio depois de ser enterrada, só para confirmar que havia se descomposto e se estava sob condições normais. Na atualidade sua sepultura permanece como um lugar de peregrinação para rezar "o terço" por aqueles que acham que Anneliese Michel lutou valentemente contra o demônio.


Depois de uma missa dominical, ao lado do padre Bob Meets, Anna, a mãe de Anneliese , fez recentemente uma de suas poucas e breves declarações a imprensa:
- "Não me arrependo do que fizemos, era o que tínhamos para combater aquele mal".

Apesar de ser um bom filme, "O Exorcismo de Emily Rose" desvia-se da verdadeira história de Anneliese. O filme alemão Réquiem, de Hans-Christian Schmid, centra-se no verdadeiro calvário da sofrida moça.

Antes de críticas contumazes, melhor lembrar que os pais de Anneliese eram simples devotos, não fanáticos. Ninguém incide na gravidade do transtorno e na medicação, totalmente equivocada, e os médicos lavaram as mãos neste caso.

O áudio do seguinte filme são fragmentos recuperados das fitas cassete com as gravações das sessões de exorcismo.





Fonte: Fatos Desconhecidos, Youtube, Mistérios do mundo.