sábado, 5 de setembro de 2015

OPERAÇÃO PRATO - Maior caso de UFO da história do Brasil

Operação Prato.

A Operação Prato foi uma investigação militar realizada pelo 1° Comando Aéreo Regional - I COMAR, órgão da Aeronáutica brasileira sediado em Belém, capital do Pará, entre os meses de outubro e dezembro de 1977, para investigar o aparecimento e movimentação dos chamados Objetos Voadores Não Identificados - OVNI, nos municípios de Vigia, Colares e Santo Antônio do Tauá, além de estranhos fenômenos associados ao corpos luminosos não identificados, chamados pela população de "chupa-chupa", relativos a ataques com raios de luz, causadores de queimaduras, perfurações na pele e mortes. Documentos oficiais guardados no Arquivo Nacional em Brasília e documentos extraoficiais vazados e divulgados pela mídia são os principais registros do período. Também envolveram-se nas investigações dos fenômenos os extintos Serviço Nacional de Informações - SNI e o Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica;


- A Operação Prato
O Fenômeno Chupa-chupa, no Pará provou pânico na população local e obrigou a Força Aérea Brasileira a enviar uma equipe especial para identificar a natureza do Fenômeno. Esta missão, intitulada Operação Prato, gerou aproximadamente 1000 páginas de documentação oficial, mais de 500 fotografias de discos voadores, desenhos, mapas, cópias de reportagens de jornais da época, e várias horas de filmes 8mm com filmagens de estranhos objetos.



Caso Ilha dos Caranguejos
A Ilha dos Caranguejos fica na baía de São Marcos, próxima à ilha de São Luiz no Maranhão. É desabitada, sujeita a inundações pelas marés, repleta de cobras e mosquitos.

No dia 25 de abril de 1977, quatro homens se dirigiram a Ilha dos Caranguejos de barco, para a coleta de madeira. Por força das marés, os quatro ao final dos trabalhos precisavam esperar até a meia-noite para que a maré subisse novamente e o barco fosse liberado para navegar. Por volta das 20h foram dormir. Um dos homens, Apolinário, acordou as 5h e logo foi acudir Auleriano e Firmino, ambos reclamando de dor. Apresentavam queimaduras de segundo grau. O quarto homem, José, deitado na rede, estava morto. Apolinário levou-os para o continente. A polícia maranhense investigou o caso e nunca chegou a uma conclusão. Os três sobreviventes nunca lembraram dos acontecimentos daquela madrugada, mesmo após hipnose regressiva pelo doutor Silvio Lago[nota 3] . A única referência do causador da tragédia foi atribuída a um dos sobreviventes, Firmino, que teria dito a um dos médicos do hospital no qual foi atendido que "viu um fogo", desmaiando em seguida.

O Instituto Médico Legal - IML do Maranhão determinou a morte de José como causada por hipertensão, gerando um acidente vascular cerebral, devido a choque emocional. Os ferimentos de Firmino e Auleriano foram comprovados em corpo de delito

A imprensa do Maranhão rapidamente noticiou a tragédia. O Jornal Pequeno em 29 de abril de 1977: "Misterioso Acontecimento na Ilha dos Caranguejos". O Estado do Maranhão em 1 de maio de 1977: "Sobreviventes da Ilha dos Caranguejo estão incomunicáveis". O mesmo jornal em dias posteriores continuou a dar cobertura ao caso.

O jornal O Liberal de Belém, Pará, associou o caso as estranhas luzes voadoras não identificadas sobre municípios do Maranhão. Registrou também que os noticiários de televisão da capital São Luiz divulgavam as ocorrências das estranhas luzes em Cajapió. E mais, conta uma história detalhada sobre o que ocorreu no barco, sobre uma luz brilhante que invadiu o porão da embarcação, vinda de um "objeto volumoso e pesado", contrastando com os depoimentos conhecidos dos sobreviventes de que nada lembram dos acontecimentos daquela noite.

Duas hipóteses surgiram na época para explicar o caso: algum tipo de descarga elétrica de fenômeno atmosférico, como um raio, defendido por médicos e policiais ou a ação mortal das luzes voadoras, os famosos discos voadores, divulgada pela imprensa.

A Baixada Maranhense

O jornal o Estado do Maranhão em 14/07/77 noticiou vários relatos de encontros com as estranhas luzes voadoras, entre a população da Baixada Maranhense, microrregião com 21 municípios, geograficamente localizada próxima a Baia de São Marcos e a Ilha dos Caranguejos. No município de São Bento um lavrador viu um misterioso objeto em forma de pipa, tão luminoso que caiu do cavalo e desmaiou. Na fazenda Ariquipa, um homem foi queimado por uma tocha vinda de uma grande bola. Em Bom Jardim uma mulher teria sido atingida por um raio emitido por uma bola de fogo e desmaiou, sem queimaduras.

No município de Pinheiro uma viatura levando o delegado e soldados teria sido perseguida por um Objeto Voador Não Identificado - OVNI que emitiu sinais luminosos , interpretado como uma tentativa de comunicação. No município de São Vicente do Ferrer o delegado teria sacado um revolver para atirar num OVNI sobre sua residência mas a forte luz emitida o impediu.

Na capital federal, Brasília, as notícias também chegaram. O Jornal de Brasília em 30/07/77, trazia informações do Maranhão, dando conta da extensa área geográfica onde eram observadas luzes no céu. Habitantes dos municípios de Perimirim, São Bento, Santa Helena, Pinheiro, Guimarães e Bequimão na Baixada Maranhense sofriam crises nervosas. O líder do Governo na Assembleia Legislativa, conta que ele e mais cem pessoas teriam visto um ponto de luz irradiando focos de luz no Porto de Itaúna e que os "lavradores temem também ser vítimas da luz que queima e adoece a quem ela atinge". O deputado estadual, porém, alertou não haver registro de casos de queimaduras. A notícia finaliza com uma estimativa grandiosa, atribuída ao Coordenador de Segurança do Estado: 50% da população da Baixada Maranhense já teria visto o “estranho objeto”

O município de Viseu no Pará, localiza-se as margens do Rio Gurupi, fronteira natural entre os estados do Pará e Maranhão.

A imprensa também registra nesse município o aparecimento de luzes no céu e supostos ataques com raios a população, além da presença de uma entidade capaz de sugar sangue de suas vítimas. O período temporal das notícias no Pará coincide com a das publicadas no Maranhão. Em 10 de julho de 1977 várias histórias foram publicadas sobre a "lanterna com luz forte" que rondava os arredores de Viseu, como Curupati, Urumajó e Itaçu. Como a de dois moradores mortos após serem chupados por uma luz que voava, mas o delegado e um deputado esclareciam que ninguém sabia informar a identidade das vítimas.

Em 11 de julho de 1977 uma extensa matéria é publicada com diversas histórias. Na Vila do Piriá, a 14 km de Viseu, "a luz do Diabo" causou uma doença num morador, acabando com sua vitalidade. Informava que dezenas de caboclos do lugar haviam vivido aventuras com a luz voadora. Na Vila do Itaçu, 15 km de Viseu, ninguém havia visto a luz, mas todos acreditavam. Em Viseu um menino de nove anos teria sido envolvido por uma luz amarela que depois subiu ao céu em velocidade vertiginosa, tendo ficado acamado por três dias com tremores e febre. Dois pescadores teriam visto um "tamborão" luminoso e voador se aproximar da canoa onde estavam. Um caçador teria sido atingido pela luz em seu braço, dizendo que ela parecia furar sua carne e osso "e sentiu que toda a sua vitalidade estava sendo sugada.

Durante a 1º Fase do Fenômeno, a Gurupi, não houve um maior interesse ou preocupação por parte das autoridades nacionais em relação aos casos de Chupa-chupa. Em um documento oficial da Força Aérea Brasileira, recentemente liberado temos logo no início uma explicação sobre a demora em tomar providencias a respeito destes fatos:

"No litoral paraense vive uma população subnutrida, de reduzido grau de instrução, e sobretudo mística. As estórias que se contam, de fatos que se passam no meio dessa gente, seriam dignas de figurar em qualquer folclore. Em razão disso, não foi dada maior atenção ao fato".

Foi somente com a Segunda Fase, com ocorrências mais intensas, maior pânico da população local, entre outros problemas, é que a Força Aérea Brasileira resolveu agir de fato. O ofício enviado pelo prefeito de Vigia de Nazaré, ao 1º Comando Aéreo Regional (I COMAR), e solicitações semelhantes de outras cidades foram o estopim para o surgimento de uma operação especial que tinha como missão descobrir a natureza destes casos, acalmar e instruir a população local em relação aos fatos. Ela foi criada pelo Brigadeiro Protázio Lopes de Oliveira, na época comandante do destacamento, no começo do mês de setembro de 1977. Para compor a operação foram destacados oficiais do Serviço de Inteligência (a chamada Segunda Seção).

A primeira tarefa dos militares seria avaliar a situação para elaborar um relatório completo sobre o que estava ocorrendo. Deveriam manter sigilo sobre a Operação e aprofundar ao máximo as investigações.

Poucos dias depois a equipe chegou a Colares e apresentou-se ao Prefeito local, ao padre Alfredo de Lá O, e à Diretora da Unidade de Saúde, Dra Wellaide.

Sem saber o que encontrar durante a investigação, os militares montaram uma base de operações na Praia do Humaitá, na esperança de registrar o aparecimento do fenômeno. A equipe montou baterias antiaéreas em pontos estratégicos e ficou à espera. Durante o dia aproveitava o tempo para entrevistar vítimas e testemunhas e visitar locais onde os casos.

Logo no início eles se dividiram em duas equipes que se posicionaram em locais com mais casos registrados. Já nas primeiras noites de vigília, uma equipe conseguiu fotografar um objeto luminoso que evoluía sobre a região. Eles puderam calcular a altitude em torno de 3 mil metros e a velocidade em torno de 30 mil Km/h. Este objeto era bem diferente de satélites e meteoritos que também foram observados na ocasião. A outra equipe, situada em outro local também avistou o objeto. Tudo o que acontecia era anotado em relatórios rigorosos, indicando data, horário, local, nomes de testemunhas e descrição dos fatos. Quando haviam registros fotográficos era geralmente anotado nome do autor da fotografia e descrição do equipamento utilizado, bem como as condições no momento do registro. Estas experiências iniciais foram consideradas inconclusivas pelos militares. Os dados obtidos não foram significativos e a foto, depois de revelada, não permitiu confirmar os relatos dos moradores locais. Eles logo retornaram à Belém, para a sede do I COMAR, e evitaram comentar suas experiências por lá, com medo de cair no ridículo perante seus colegas. Tudo isso foi registrado em seus relatórios iniciais, que contavam também com depoimentos da Dra. Wellaide Cescin de Carvalho e do padre de Colares, Alfredo de La Ó.

Os militares tiveram muito trabalho durante sua permanência na região. Seja entrevistando vitimas e testemunhas, seja com atividades de orientação à população local através de palestras informativas ou através de vigílias ou deslocamentos à áreas onde os casos ocorreram. Através dos relatórios oficiais podemos ter uma clara noção da intensa atividade em que os militares da Operação Prato estiveram envolvidos. No período entre 20 e 31 de outubro de 1977, período inicial da Operação, ainda sem a chefia do então Capitão Hollanda, os caso de avistamento eram raros. A maioria das atividades concentraram-se em documentar o fenômeno e seus efeitos sobre a população.

Em 20 de outubro, a Equipe de militares, saiu de Belém, por volta das 14:00 horas e dirigiu-se para Santo Antonio do Tauá, onde coletaram depoimentos de vítimas do fenômeno. Dali seguiram para as proximidades do quilômetro 12 da Rodovia Belém - Vigia, onde coletaram novos depoimentos, seguindo ainda no mesmo dia para a vila de Espírito Santo do Tauá onde três militares estavam em vigília no local. Por volta das 22:30 o grupo retornou à Santo Antônio do Tauá onde manteve vigília por mais algum tempo.

O dia 21 de outubro transcorreu sem normalidades. Na parte da manhã, a equipe voltou à Rodovia Belém-Vigia para entrevistar testemunhas do fenômeno que moravam na região. Após isso retornaram para Belém, reportando ao Chefe do A2, que ordenou que seguissem na mesma noite para Santo Antonio do Ubintuba onde realizaram vigília por algumas horas.

No dia seguinte, 22 de outubro, pela manhã, seguiram para a localidade de Trombetas onde coletaram depoimentos de vitimas e testemunhas do fenômeno. Após isso seguiram para Vila Nova do Ubintuba onde entrevistaram moradores que também haviam sido vitimas do Chupa-chupa. Neste mesmo dia, por volta das 19 horas a equipe testemunhou a evolução de várias luzes com diferentes trajetórias sobrevoando a direção. Estes avistamentos não foram muito significativos e não foram fotografados pela equipe. Por volta das 20 horas ocorreu novo avistamento, desta vez de um objeto luminoso, voando num altitude mais baixa, em aproximadamente 1200 metros a uma velocidade variável. O resto da noite foi sem qualquer anormalidade e a equipe retornou à Belém no dia seguinte pela manhã, reportando ao Chefe da 2ª Seção EM-1.

No dia seguinte, 24 de outubro, a equipe retornou à Santo Antônio do Tauá e entrevistou moradores da Colônia São Brás. À noite, os militares seguiram para Colares, chegando por volta de 20:15 horas. Depois de contatar autoridades do município eles coletaram depoimentos de várias pessoas que foram vítimas do fenômeno. Após conversar com os moradores, eles realizaram uma vigília, observando, pouco depois das 4 horas da manhã de 25 de outubro, três luzes deslocando-se em pontos diferentes do firmamento. Ao longo daquele dia não houve nada significativo.

No dia seguinte, 26 de outubro, os militares transportaram médicos até a cidade de Santo Antônio do Ubintuba, afim de tratar vítimas do fenômeno. Após retornar à Colares a equipe colocou-se de vigília. Moradores de áreas afastadas começaram a relatar a presença de luzes sobrevoando as árvores e pouco depois, por volta das 22:15 hs uma senhora, Neuza Pereira Aragão, foi atendida pela equipe médica. As luzes continuaram sendo observadas até por volta da meia noite, quando outra senhora, Maria Beatriz Leal Ferreira, foi atendida pelos médicos. Por volta das 4 horas da manhã ocorreu novo avistamento nas proximidades de Colares e após isso nada mais foi observado na região.

Após uma pausa nas atividades, a equipe voltou à Colares no dia 29 de outubro. A noite foram observados alguns satélites, e um OVNI luminoso foi observado por alguns moradores na região de Colares. No dia seguinte, novamente alguns moradores observaram um objeto luminoso em uma praia próxima.

Durante as atividades dos militares em Colares formou-se um vinculo com a população local. A presença dos militares trouxe um alento aos moradores das áreas afetadas. Em várias ocasiões os militares apresentaram palestras sobre temas relacionados à exploração espacial. Paralelamente à isso, os militares instruíam os moradores a não atirar contra tais objetos pois eles não estariam ali para fazer mal. Uma destas apresentações ocorreu na noite de 30 de outubro. Aquela noite foi relativamente calma, não havendo registros de ataques na localidade. No começo da noite do dia 31 ocorreram novos avistamentos na orla marítima. Mais tarde, pescadores relataram aos militares, terem observado um estranho objeto no mar.

Nessa fase inicial da Operação, os casos de avistamento por parte dos militares eram em geral envolvendo luzes à distância que não podiam ser explicadas a partir de fenômenos naturais, aeronaves convencionais, satélites ou corpos celestes. Geralmente quando ocorriam estes eventos, no relatório era citada sua provável origem. Quando o fenômeno observado era de fato não identificado, era descrito minuciosamente no relatório que era acompanhado de um croqui feito sobre mapa da região, indicando trajetória e outros detalhes importantes. Alguns destes croquis já estão disponíveis publicamente nos documentos já disponibilizados ao público.


A partir de Novembro, os casos testemunhados pelos militares aumentaram em quantidade e na qualidade da experiência. Nesta fase, já sob chefia do então Capitão Uyrangê Hollanda, ocorreram os mais impressionantes casos envolvendo os militares da Operação Prato.

O primeiro avistamento significativo do capitão Hollanda ocorreu em princípios de novembro de 1977. A equipe estava investigando ocorrências na Baía do Sol, onde montaram um acampamento temporário. Até esse momento, Hollanda era cético em relação aos fatos envolvendo o chupa-chupa. À noite uma luz intensa surgiu, vindo do norte, posicionou-se sobre o acampamento, circundou-o e desapareceu no horizonte. A partir deste evento, Hollanda reconheceu que algo muito sério estava ocorrendo na região. Todavia, este não foi o avistamento mais impressionante.

Pouco tempo depois dos eventos na Baía do Sol, um rapaz armou uma armadilha para caçar uma paca às margens do Rio Jari. Ele armou um acampamento encima de uma arvore e ficou à espera. Durante a noite, surgiu um objeto intensamente iluminado que posicionou-se acima do acampamento. Do objeto abriu-se uma escotilha e por ela saiu um estranho ser que, através de um facho de luz, desceu flutuando, de braços aberto. Assustado o rapaz deixou a rede onde estava deitado e se escondeu no mato. O estranho ser dirigiu-se até a rede onde o caçador estivera, e com um feixe de luz que saía da palma de sua mão iluminou o local, examinando a rede. Repentinamente o estranho ser dirigiu-se diretamente para onde o rapaz estava escondido. Assustado o rapaz fugiu correndo para o barco ancorado no rio, onde haviam dois colegas. Eles se esconderam e observaram o objeto se aproximar do barco, posicionando-se sobre ele. Do objeto saiu o mesmo ser que começou a examinar o que havia a bordo. Os três amigos assustados, permaneceram escondidos em meio à plantas aquáticas até que o objeto foi embora. No dia seguinte, o caso chegou ao conhecimento do Capitão Hollanda que foi com uma equipe até o local.

Durante a vigília naquela noite eles observaram um grande objeto, com forma semelhante à de uma bola de futebol americano, que bailou a frente do grupo por algum tempo. Todo o episódio foi fotografado e documentado pelos militares, sendo que tal material até o momento não foi liberado.

Encerramento

A Operação, embora estivesse atingindo os objetivos e até mesmo interagindo com o Fenômeno Chupa-chupa, foi abruptamente encerrada depois de quatro meses de atividades. O material resultante da Operação foi inicialmente guardada no 1º COMAR e depois transferida para Brasília onde possivelmente está até hoje.



Observações Militares Significativas

01/11/1977 – 19h00min – Município de Colares Um corpo luminoso amarelado de forte intensidade vindo da baia do Sol, inicialmente a 2.000 m de altitude entrou no campo de visão dos militares e da população. Vinha em trajetória descendente ligeiramente curva emitindo lampejos azulados intensos. Possuía em sua parte superior um semicírculo avermelhado. Sua velocidade era cerca de 800 km/h, mas na retomada do voo em ascensão acelerou surpreendentemente atingindo velocidade supersônica, curvou levemente no sentido contrario a primeira curva, alterou sua cor para vermelho rubro e parou de emitir os lampejos azulados.


Registros números 27 e 28, 06 de Novembro de 1977, do documento Registros de Observações de OVNI.
06/11/1977 05h20min e 05h25min – Município de Colares As 05h20min, vindo da direção sudoeste, sobre a Baia do Marajó, a 5.000 m de distancia um corpo luminoso de cor amarelo avermelhado seguiu uma trajetória reta descendente, emitindo lampejos intermitentes azulados de intenso brilho. Chegou a 500 m de distância e 200 m de altitude. Abruptamente virou para a esquerda na direção sul-sudeste, em ascensão, com recuperação de velocidade, subindo para 3.000 m de altitude e atingindo velocidade supersônica, sem emitir boom sônico ou deslocar o ar, numa rota em direção ao município de Tauá em longa reta.

As 05h25min outra passagem de corpo luminoso amarelo avermelhado, vindo da Baia do Marajó pela direção nor-noroeste, começou a ganhar grande velocidade. O objeto procedeu a uma curva em ascensão a esquerda, quando a distancia estimada de 800 m, fez outra curva agora para o nordeste, nesse momento foi estimada em 1.500 m sua altitude e velocidade acima de 800 km/h; assumiu uma trajetória reta, desaparecendo rapidamente.

Depoimentos relevantes.

Foram colhidos 42 depoimentos: 11 em Tauá, 11 em Ubintuba e 20 em Colares. Abaixo, resumidos cinco deles, todos registrados no documento oficial do I COMAR, Registro de Observações de OVNI.


Registro número 1, 02 de Setembro de 1977, do documento Registros de Observações de OVNI.
Registro número 1 – 02/09/1977 22h00min – Tauá, rodovia – Sra. Amélia, 77, alfabetizada

“(...) percebeu vindo de sua direita e a frente uma ‘luz’ de cor amarelo-avermelhada, de brilho muito intenso (comparado a um farol de carro). Inicialmente a ‘luz’ deslocava-se cortando a rodovia em diagonal, bruscamente mudou de direção (450), vindo exatamente em sua direção: D Amélia e a filha (...) um objeto de vidro, de cor azulada, com uma pequena luz de cor vermelha na parte de cima (...) após parar por alguns instantes, movimentou-se com baixa velocidade (...) altitude era de 30m.”
Registro número 3 – 12/10/1977 02h00min – Tauá, Campo Cerrado – Sr. Manoel, 38, analfabeto Trecho Relatório Primeira Missão, depoimento de 21/10:

“(...) percebeu forte luminosidade através do telhado (...) a custo conseguiu levantar-se apanhou sua espingarda e saiu de casa deparando então com uma luz azulada que pairava a baixa altura (20m) sobre as árvores próximas; que apontou sua arma para atirar; que nesta ocasião foi atingido por um feixe de luz avermelhada que o paralisou.”
Trecho reportagem A Província do Pará de 20/10 com declarações de Manoel:

“(...) objeto estranho parado a cinco metros mais ou menos de mim e, no seu interior o casal dando gargalhadas como se estivesse fazendo gozação. (...) Ele viu uma espécie de nave espacial, com um casal de tripulantes, sendo a mulher branca e loira e o homem branco, usando chapéu de couro como se fosse de vaqueiro,(...)”[nota 10] .
Registro número 4 – 13/10/1977 03h25min – Colares – Padre Alfredo de La Ó, 48, médico, físico, teólogo.
“(...) despertado por latidos (...) Avistou um objeto luminoso que lhe chamou a atenção por emitir forte luminosidade, deslocando-se do mar para a terra (N/S). O objeto desenvolvia grande velocidade (maior do que a habitualmente observada nos aviões à reação), a uma altura aproximada de 20 m; em absoluto silêncio, (...) encontrava-se a 75m do ponto mais próximo da trajetória (...) Disse que a parte superior do objeto emitia forte luz avermelhada, e na parte inferior uma luminosidade azulada muito intensa, chegando a clarear toda área onde passou.”
Registro número 7 – 16/10/1977 05h30min – Paraíso do Ubintuba, Vigia – Sr. Raimundo, 48, analfabeto

“(...) voltava para sua residência (...) sentiu como de perdesse as forças (...) Observou então um objeto iluminado de forma circular (como uma arraia (SIC)), de pequeno porte (1,50m aproximadamente), deslocando-se a baixa altura (5 a 10m sôbre o solo) que emitia um foco de luz dirigido (como uma lanterna) de cor azul muito intensa em sua direção; (...) Queixa-se de tremor no corpo, dor de cabeça e entorpecimento na região atingida pelo foco. Não foi observado sintomas de queimaduras.”
Registro número 8 – 16/10/1977 18h30min – Colares – Dra. Wellaide, 24, médica


Registro número 8, 16 de Outubro de 1977, do documento Registros de Observações de OVNI.
"(...) afirmou ter visto e observado (...) Objeto Luminoso (brilho metálico), fazendo evoluções sobre a parte frontal da cidade (praia do Cajueiro NE, a baixa altura (100 m), a distância estimada de 1.500 m, sem produzir o mínimo de ruído. Descreveu os objetos assim: Forma cônica-cilíndrica (parte superior mais estreita) tamanho aparente em função da distância 3.00m de comprimento, por 2.00m de diâmetro; Movimentando-se de maneira irregular. (posição vertical em função do seu eixo longitudinal), balanceios laterais acentuados, entretanto vez ou outra efetuava ligeiras paradas e dava uma volta sobre si mesmo."

Sobre a atendimento de habitantes no Posto de Saúde de Colares, disse:

"Afim de preservar a sua reputação ética profissional, deixou de fazer uma comunicação mais completa com referência as pessoas que se dizem atingidas por um 'foco de luz' de procedência desconhecida (quatro casos que atendeu)." "Além de Crise Nervosa, seus pacientes apresentavam outros sintomas tais omo: PARESIA (amortecimento parcial do corpo) (...) Seus pacientes referem: cefaleia, astenia, tonturas, tremores generalizados eo que reputa mais importante são as queimaduras de 1º grau, bem como marcas de micro-perfurações. De acordo com o sexo, os homens sobre o pescoço (jugular) a as mulheres, digo, a mulher no seio (só um caso)."
A médica ao longo dos anos deu várias entrevistas para a mídia escrita e televisiva, ampliando significativamente o escopo de suas declarações de 1977, agregando novas informações e percepções pessoais.


AS Missões.

Não existem nos documentos oficiais e vazados observações militares de uma Equipe A2 registradas entre 11/11, fim da Primeira Missão e o dia 25/11, início da segunda missão. Existem alguns relatos de civis. Quatro foram inseridos no oficial Registro de Observações de OVNI, todos relatados na Ilha do Mosqueiro/Baia do Sol pelo piloto civil Ubiratan Pinon Frias, íntimo colaborador de Flávio Costa e Hollanda durante a Operação Prato[31] . No dia 22/11 o sargento Flávio Costa, acompanhado de Pinon e duas acompanhantes, faz uma vigília noturna particular bem sucedida na Baia do Sol, estrategicamente posicionada a alguns quilômetros da ilha de Colares, sendo possível a observação em linha reta da chamada Ponta do Machadinho, local de praias em Colares, onde uma série de observações com ousadas manobras aéreas são relatadas. Constam do Registro de Observações de OVNI, como registros números 39, 40 e 41. Flávio nessa época produz os famosos Relatórios Extras números 1 e 2, de uma sequência de dezesseis entre 1977 e 1978, para o I COMAR.

Essa foi mais curta, durando apenas 11 dias: de 25/11 a 05/12. Inicialmente com um chefe de equipe do Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica – CISA, vindo de Brasília, ligando assim o Gabinete do Ministro da Aeronáutica a Operação Prato[32] . As 22h00min do dia 25/11 chegam a Colares. A equipe fica concentrada na Sede do município durante toda a missão, não sendo informadas incursões a outras localidades. Isso explica o rol de observações dessa equipe: 2 em Penha Longa, local da travessia de balsa entre o município de Vigia e Colares, observado durante a viagem com destino a Sede, e 34 em Colares. Também colheram uma série de relatos de informantes, mas dessa vez tratava-se de observações de corpos luminosos, sem ataques de raios ou do chupa-chupa. No dia 29 de novembro o capitão Hollanda chega a Colares e assume a missão.


Algumas observações militares
27/11/1977 – 19h10min – Município de Colares Dois corpos luminosos amarelos claros cruzaram o céu a 6.000 m de altitude e velocidades superiores a 600 km/h. No centro da aboboda celeste um deles efetuou uma curva fechada de 360, em seguida retomou o rumo original.

28/11/1977 – 19h05min – Município de Colares Dois corpos luminosos amarelos claros cruzaram o céu a 4.000 m de altitude e velocidades supersônicas rumo noroeste/sudeste. Depois efetuaram uma curva, voltando para o norte.

Um objeto sobre agentes do SNI
No dia 28/11 as 19h30min Hollanda e agentes do SNI estão na Baia do Sol, enquanto a equipe chefiada pelo CISA está em Colares. Hollanda e os agentes reparam num corpo luminoso amarelo avermelhado sobre suas cabeças. Segue trecho do relatório da segunda missão:

“Corpo Luminoso, aparentemente estacionário sobre o ponto de observação (Praça da Escultura): emitiu com intervalos regulares lampejos (como flashes) de cor amarelo avermelhados com um núcleo azul muito intenso, em número de quatro (4); após a série de lampejos: diminuiu a intensidade luminosa do Objeto; aproando o rumo E, afastou-se com grande velocidade. A altitude do Corpo Luminoso foi estimada em 900ft. OVNI (CapHoll).”

A Fase Belém do chupa-chupa
Não há registros militares sobre os fenômenos em Belém. Toda a cobertura do período é jornalística. O jornal O Liberal em 17/11/1977, em reportagens ocupando página inteira, sob o título “Fenômeno da luz intranquiliza a cidade”, conta várias histórias sobre alegados ataques da luz vampira:

“Um clima de intranquilidade e insegurança está se registrando e se ampliando em toda a cidade, em decorrência de estranhas e contraditórias notícias sobre uma misteriosa luz que ataca as pessoas, sugando-lhes o sangue.” (...) Mas tem sido inúteis os esforços da reportagem em encontrar simultaneamente, ou logo após os mirabolantes ataques aqueles que se dizem vítimas do ‘foco paralisador’. A cidade está cheia de boatos.”
Eliana com 16 anos, se preparava para ir trabalhar no Centro Espírita as 15h30min, quando sentiu “uma coisa” e viu uma luz clareando o quarto pelas frestas do telhado, sob o forte Sol da tarde. Durou meia hora, houve testemunhas. Não sentiu nada de anormal depois. Oberlando de 18 anos, estudava as 01h30min da madrugada e estava com muito medo, tendo rezado muito, antes de começar a estudar. Sentiu calor e viu uma luz pela fresta do telhado, descontrolado atacou a irmã e cunhado que dormiam, chutou coisas, quebrou vidros, queria que abrissem a porta. Eliana e Oberlando eram vizinhos, moravam na mesma rua, no bairro Cremação. Um garoto de 7 anos caiu e bateu a cabeça numa pedra, pela manhã, levando 15 pontos. Sua mãe diz que foi a luz. O garoto não sabe o que aconteceu. No bairro Jurunas. O jornal “A Província do Pará” em 19/11/1977, publica com o título “Vampiro interplanetário só gosta de mulher”, reportagem sobre ataques a três jovens do Bairro Jurunas. Jurunas é muito perto do bairro da Cremação.

Uma jovem de 13 anos quando voltava para casa as 21h:

“Na porta de sua residência (...) sentiu todo o seu corpo adormecer ao ser atingida por uma luz vermelha que mudava de tonalidade, ficando as vezes clara. Teve forças de correr para a cama, caindo sobre o leito desmaiada.”
No hospital nada foi constatado. Levada a um templo evangélico, a jovem “como se estivesse possessa de demônios tal a força que demonstrava” foi curada pelo “poder de Deus”, ficou ótima e se converteu ao Evangelho.

Outra jovem de 18 anos voltava de uma festa as 23h:

“(...) retornava da sede do Imperial, na Rua Conceição, quando se viu paralisada pela luz vermelha. Apavoradas, suas amigas (...) fugiram deixando-a só (...) A luz de repente ficou verde e logo branca. Percebi quando três amigos me socorreram e, em casa notei várias marcas no meu corpo acentuadamente no braço esquerdo, como se fossem queimaduras leves.”
O caso mais famoso, aconteceu no dia 17/11, quando outra jovem, Aurora:

“(...) disse que na noite de quinta-feira por volta das 21 horas chegava em casa” (...) se dirigindo para o pequeno quintal da residência onde passou a lavar as louças do jantar. De repente foi atacada por uma forte corrente de vento frio e sentiu um medo terrível como se estivesse sendo envolvida por algo estranho. Eu fiquei apavorada. Chamei minha mãe que já estava deitada como outros moradores da casa, mas antes dela chegar uma forte luz vermelha me envolveu, deixando-me atordoada. Ao mesmo tempo, senti furadas muito finas que eram dadas em meu seio, caindo então ao solo desmaiada.”
O jornal A Província do Pará convidou o médico Orlando Zoghbi a visitar as três jovens em suas residências para dar sua opinião. A avaliação do médico foi publicadas pelo jornal em 20/11[nota 13] . Durante a visita foi tirada uma foto, publicada na edição, mostrando perfurações no seio.


A Agencia do SNI em Belém, enviou documento confidencial de cinco folhas a Agência Central do SNI em Brasília, datado de 09/11/77, sobre informações relativas a “OBJETOS VOADORES NÃO IDENTIFICADOS – OVNI”, divulgando os primeiros dados das investigações que estavam sendo conduzidas pela Segunda Seção do I COMAR[30] . O informe faz uma introdução ao assunto OVNI, ligando rapidamente o fenômeno a eventos relatados em municípios do Pará e num primeiro momento atribuído ao misticismo da população empobrecida das regiões afetadas. Informa que o I COMAR constatou o clima de tensão entre a população de alguns municípios e coletou relatos sobre luzes em voo e focos de luz dirigidos sobre pessoas. O documento continua com outros informes. Que a equipe da 2a Seção montou posto de vigia para fotografar a luz e registrou objeto a três mil metros de altitude e velocidade de 30.000 km/h. As luzes foram várias vezes fotografadas e delas pouco se concluía, parecendo haver confusão na equipe sobre isso. Conta que o chefe da equipe identificou a foto que mais impressionou a todos como a estrela Dalva (Vênus), levando o próprio a duvidar das demais fotos como sendo de OVNI. Que não havia consenso entre a equipe “sobre o que foi visto”, mas a reserva poderia ser fruto de não se querer “cair no ridículo, perante os colegas.”. Informa detalhes dos relatos sobre OVNI e vítimas das luzes, colhidos com a médica do posto de saúde e com o pároco de Colares e o prefeito de Vigia. Acusa a imprensa de fazer exploração do assunto. Termina informando que o I COMAR continuaria as investigações.



Fonte: Youtube, Wikipédia, Fenomenum.com.br, Matérias de TV.